quarta-feira, 25 de maio de 2011

Dias escuros sem sorrisos, sem risadas de verdade. Dias tristes, vontade de fazer nada, só dormir.


“Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.
Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará.
A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente.
Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.”

(Caio Fernando Abreu)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.


Hoje poderia ser um dia comum, o alarme do meu celular tocaria as 6:00 da manhã e mesmo assim eu dormiria até as 10:00, pegaria ums três livros de pré-vestibular e tentaria me concentrar em vão aos poucos me sentiria cansada e cochilaria por umas 3h, acordaria iria para academia(isso é claro se a preguiça não me consumir), chegaria em casa exausta e a minha vida social estaria perto de começar, Internet, pausa para a novela das 8 que começa as 9, Internet, msn, facebook, atacar a geladeira, e mais tarde uma profunda avaliação da minha vida, sonhos e planos, frustração e por fim sono.
Quarta-feira, 18 de maio de 2011. Como eu gosto de sentar na varanda olhar o céu e me imaginar daqui 10 anos, a imagem que eu vejo é o combustível da vontade de viver e de querer ser cada dia uma pessoa melhor... Peraí! Eu pensava assim nos meus 15 anos e hoje estou com 20 então isso teoricamente quer dizer que já estou na metade do caminho certo?? Errado! Nunca tive tantas dúvidas como agora. Após uma longa reflexão com lágrimas e nostalgia percebo que tem algo me travando, me impedindo de crescer, e o nome disso é PASSADO! A gente acha que superou mas na verdade apenas camufla os erros com uma felicidade instantânea e isso precisa chegar ao fim.
Identifiquei o foco do problema agora o que me resta é trabalhar na faxina. Adeus amores inacabados e sentimento de perda, adeus pessoas frias e sem capacidade de amar o próximo, adeus velhos hábitos que só me fazem mal. Tá na hora de encerrar ciclos e estabelecer metas, e como diz meu velho amigo Fernando Pessoa "Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é".