domingo, 19 de junho de 2011

Essa vontade de espalhar buquês de sorrisos por aí, porque os sensíveis, por mais que chorem de vez em quando ou de vez em muito, não deixam adormecer a ideia de um mundo que possa acordar sorrindo. Pra toda gente. Pra todo ser. Pra toda vida." Ana Jácomo


Sorrir cansa. Chorar cansa. Mas o que mais cansa é procurar desesperadamente um intermediário e esquecer que o mundo é mais que aparências.
Eu sou volúvel. Grande surpresa. Mas ser volúvel também cansa. Porque ninguém leva a sério alguém que passa a semana chorando pra ficar bem na semana seguinte. Como se fosse preciso ser feliz pra sempre ou triste pra sempre pra ser alguma coisa de verdade.
Não quero mais a realidade comum. Isso é o que mais cansa, pra ser bem sincera. Tenho até arrepios de pensar num futuro escrito e óbvio nas prateleiras de gente sem sal. Só de saber o que vai ser de mim, já quero ser outra coisa. Uma coisa nova e diferente, pra quebrar o que é certo.
Eu ando tão cansada de seguir as regras. Ando tentando mudar as regras. Eu sei que o que acomoda não é fácil de mudar, mas alguém um dia tem que dizer chega, né? Pras coisas mudarem, o mundo girar. Tanta engrenageme tão pouco suor.
Só sei que ando dedicando meus dias pra gente que nem sabe que eu existo. Vou fazer minha faculdade, conseguir meu diploma. Vou fazer o que for preciso pra nunca mais precisar fazer nada. E passar o resto da minha vida fingindo que acredito na minha liberdade. (Verônica Heiss)

Nenhum comentário:

Postar um comentário