segunda-feira, 10 de outubro de 2011

“Deixe a vida fazer com você o que a primavera faz com as flores.” Pablo Neruda


O tempo vai passando. O sentimento que sinto é como um líquido, se acomoda nas curvas de um coração torto e insuficiente. Prefiro deixar a vida seguir seu fluxo natural sem forçar encontros "ao acaso" e sem tentar te impressionar com as minhas frases feitas. Não é que eu não esteja sendo sincera, pelo contrário, você desperta em mim uma parte adormecida, a minha intensa curiosidade pela vida e pela essência do significado "SER"... Eu quis tanto ser a sua paz! Quis tanto! Hoje sei que você me encanta pelo seu mistério, por sua fuga do óbvio. Definitivamente eu gosto que as coisas fujam do meu controle, e cada vez que eu te vejo é como se eu entrasse em um labirinto de olhos vendados em que encontrar a saida se transforma em uma possibilidade quase nula.
Sentada em um chão frio tendo uma xícara de café como única companhia, me peguei sorrindo, boba, olhando para o céu que me espionava pela janela. E foi como se as estrelas sussurrasem um conselho: "Permaneça assim, indefinida e indecifrável..."

Tamara Soares

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