"...Porque no fundo eu sei que a realidade que eu sonhava afundou num copo de cachaça e virou utopia." CFA
sábado, 29 de outubro de 2011
Naturalmente a saia é justa, mas como a fé é larga, fica tudo equilibrado. Coloco nas mãos de Deus.
No meio da aflição objetiva de sobreviver nesta cidade, neste país neste planeta, neste tempo — ando também bastante sereno. Acho. Alguma coisa em mim — e pode-se chamar isso de “amadurecimento” ou “encaretamento” ou até mesmo “desilusão” ou “emburrecimento” — simplesmente andou, entendeu? Desisti de achar que o príncipe vai achar o sapatinho (ou sapatão) que perdi nas escadarias. Não sinto mais impulsos amorosos. Posso sentir impulsos afetivos, ou eróticos — mas amorosos, sinceramente, há muito tempo. É estranho, e não me parece falso, mas ao contrário: normal. Era assim que deveria ter sido desde sempre. E não se trata de evitar a dor, é que esse tipo de dor é inútil, é burra, é apego à matéria. Sei lá. E não sei se me explico bem.
Caio Fernando Abreu
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ah, sem "impulsos amorosos" o que seria de nós, hein? rss...entretendo e absorvendo coisa boa por aqui...(de um novo amigo)
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